Atingido recorde de energia nas colisões entre protões no novo acelerador 'LHC'
Foi com champanhe e aplausos que físicos e engenheiros saudaram ontem no CERN, centro europeu de investigação nuclear, em Genebra, as primeiras colisões entre protões lançados em direcções contrárias no acelerador LHC a uma velocidade próxima da luz. Passava pouco das 12.00 (em Portugal) quando isso aconteceu, depois de duas tentativas falhadas durante a manhã. Mas com essas primeiras colisões a uma energia de 7 TeV (teraelectrão-volt) nunca antes alcançada "fez-se história" e deu-se "início de uma nova era na física", como disseram os entusiasmados físicos no CERN. E sublinharam: os próximos anos, talvez até os próximos meses, trarão novidades para se compreender melhor a estrutura da matéria e a formação do universo.
Em apenas quatro horas, já com o maior acelerador do mundo a trabalhar em velocidade de cruzeiro, as quatro experiências (Atlas, CMS, Alice e LHCb) que a partir de agora ali vão decorrer já haviam registado "um milhão de eventos", como adiantou ao DN Gaspar Barreira, presidente do LIP - Laboratório de Física de Partículas, centro que participou na construção do LHC e que está envolvido nas suas experiências.
Quando poderá haver novidades é uma incógnita. "A máquina está em funcionamento de cruzeiro e vai manter-se assim durante os próximos dois anos", explica Gaspar Barreira, que é um dos 150 portugueses envolvidos nas experiências. As colisões, explica, vão decorrer por rotina e "os dados são quase instantaneamente distribuídos por milhares de físicos de todo o mundo em centros que estão em rede a fazer a sua análise".
Ontem mesmo, um dos responsáveis do CERN explicava que a distribuição de dados por todos esses centros estava a fazer-se ao ritmo de um CD por cada dois segundos. Ou seja, "agora é um trabalho de paciência dos físicos ao longo dos próximo 20 anos", notou Gaspar Barreira, adiantando que será "muito bom se houver novidades ano sim, ano não".
Poderá assim passar ainda algum tempo antes que os físicos anunciem algo novo. "É uma questão estatística", diz Gaspar Barreira. "Algumas novas partículas, como o bosão de Higgs, que segundo o modelo teórico explica a massa, mas nunca foi encontrado, são muita raras e por isso são necessários milhares de milhões de eventos [produzidos nas colisões] para se poderem detectar", sublinha.
Em apenas quatro horas, já com o maior acelerador do mundo a trabalhar em velocidade de cruzeiro, as quatro experiências (Atlas, CMS, Alice e LHCb) que a partir de agora ali vão decorrer já haviam registado "um milhão de eventos", como adiantou ao DN Gaspar Barreira, presidente do LIP - Laboratório de Física de Partículas, centro que participou na construção do LHC e que está envolvido nas suas experiências.
Quando poderá haver novidades é uma incógnita. "A máquina está em funcionamento de cruzeiro e vai manter-se assim durante os próximos dois anos", explica Gaspar Barreira, que é um dos 150 portugueses envolvidos nas experiências. As colisões, explica, vão decorrer por rotina e "os dados são quase instantaneamente distribuídos por milhares de físicos de todo o mundo em centros que estão em rede a fazer a sua análise".
Ontem mesmo, um dos responsáveis do CERN explicava que a distribuição de dados por todos esses centros estava a fazer-se ao ritmo de um CD por cada dois segundos. Ou seja, "agora é um trabalho de paciência dos físicos ao longo dos próximo 20 anos", notou Gaspar Barreira, adiantando que será "muito bom se houver novidades ano sim, ano não".
Poderá assim passar ainda algum tempo antes que os físicos anunciem algo novo. "É uma questão estatística", diz Gaspar Barreira. "Algumas novas partículas, como o bosão de Higgs, que segundo o modelo teórico explica a massa, mas nunca foi encontrado, são muita raras e por isso são necessários milhares de milhões de eventos [produzidos nas colisões] para se poderem detectar", sublinha.
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